A MENINA... A ÁRVORE... E O LIVRO DE PÁGINAS AMARELAS
Arte: Menina lendo de Lucia de Lima
|
CAPÍTULO VI
Ana Maria Louzada
A menina dormia com seus livros... Sonhava
sonhos de criança!
Sonhos que se misturavam com a
magia das suas histórias.
Acordava abraçada com os
personagens por ela criados.
Afinal, o livro de madeira e o de
páginas amareladas abrigava sua imaginação... Doces fantasias!
Cada dia que passava, mais amarela
as páginas do segundo livro ficava. Só que agora, junto com a cor amarelada, se
juntava o marrom avermelhado da terra que grudava em suas mãos, enquanto
brincava de fazer bichinhos de barro embaixo da árvore. Bichinhos que passariam
a morar em suas páginas amarelas.
O cheiro do livro amarelado se
misturava com o cheiro da menina e do livro de madeira. Um cheiro amadeirado de criança. Os dois livros, capturavam o cheiro da menina, que continuava segurando-os
entre o braço e o coração. E a menina apreciava o cheiro dos dois... Seus companheiros de inspiração.
É importante dizer, que o livro de madeira, agora também servia de suporte para a criação dos personagens de terra avermelhada. E assim, cada vez mais recheado de histórias e de experiências vividas sob a copa da mais bela árvore do quintal da sua casa, o livro de páginas amarelas, com o suporte do livro de madeira, mais parecia um baú de memórias.
É importante dizer, que o livro de madeira, agora também servia de suporte para a criação dos personagens de terra avermelhada. E assim, cada vez mais recheado de histórias e de experiências vividas sob a copa da mais bela árvore do quintal da sua casa, o livro de páginas amarelas, com o suporte do livro de madeira, mais parecia um baú de memórias.
Com tantas invenções e
transformações, ficava cada vez mais pesado... Mais colorido... E muito mais
mágico... Mais animado. Sim! O livro de páginas amarelas ia se transformando num dossiê de magníficas
ideias.
Cada dia, uma história. Cada história uma tempestade
de imaginação... E a menina, embaixo daquela árvore inspiradora, se empolgava e transbordava-se de emoção.
Emoção que traduzia as fantasias de
uma criança, que no quintal de uma casa lá na roça, transformava-se em sonhos.
Sonhos de um dia poder ter muitos livros, de poder escrever muitas páginas, e
ainda, de poder compartilhar com outras meninas e meninos suas experiências de infância.
Enquanto isso... A menina passava horas,
sentada ao pé daquela árvore, a mais alta de todas. Ali ela podia viver a plenitude da sua infância. Podia ler as suas
histórias... Bem, ela ainda não sabia ler de verdade, mas aquelas histórias
inventadas, ela lia muito bem.
Leia também os demais capítulos!
CAPÍTULO
I
CAPÍTULO
II
CAPÍTULO
III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO
V
CAPÍTULO VI
Deseja receber nossas publicações?
Entre em contato Clicando Aqui