ERA UMA VEZ...

Para aprendermos a ver e a ouvir o que está velado, é preciso aprender a desaprender algumas coisas...   Aprendemos a nos calar. Engolimos e não gostamos. Ouvimos e nos agoniamos.   Isso quer dizer que é preciso desaprender a ouvir calados, se o que ouvimos nos deixa magoados.   No entanto, é preciso calar, pra depois, saber o que falar.   Calar e falar... Exigem sabedoria. Calar pra não extrapolar. Falar controlando a euforia. Não no sentido de embotar. Mas na medida da nossa melhoria.   Falar na hora certa, mesmo que, na incerteza das melhores palavras.  Calar no tempo adequado, mesmo que, na inquietude da espera.   Ouvir é aprender calar, para dizer com os olhos, que o outro importa.  Ouvir é aprender esperar, para falar com a boca, que o outro interessa.   Ouvir é aprender a desaprender o que não é necessário. É aprender que a ignorância impede a evolução, e, que, o egoísmo e o orgulho danificam o nosso ser. Ouvir é compreender que o acolhimento é a melhor solução.   Por isso, é pr

Sim, é um grande desafio aprender a desaprender! Mas, o que precisamos desaprender? O que aprendemos que não faz bem? O que aprendemos que precisamos rever?   Aprendemos a obedecer cegamente Aprendemos a valorizar o TER orgulhosamente Aprendemos a ignorar o SER impiedosamente   Aprendemos a invisibilizar Blasfemar Ludibriar Lamuriar Enganar Mentir Sofrer Julgar Trair   Tudo isso conosco mesmo... Por Ana Maria Louzada ESPAÇO PUBLICITÁRIO ESPAÇO PUBLICITÁRIO

Por Ana Maria Louzada   Carlos é muito engraçado. Hoje ele foi à uma determinada escola conversar sobre um assunto muito simples e sério ao mesmo tempo.   Queria conhecer a história escolar de alguns adolescentes e jovens que acompanha na educação esportiva.   Assim, que chegou na escola, alguns amigos o avisaram: _ Cuidado, viu? Outros o abençoaram: _ Deus te proteja.   Surpreso com tantas recomendações lá foi ele pra sala de reunião. Ele seria atendido por duas pedagogas.   A primeira o atendeu docilmente. Ouviu as suas intenções, anotou as suas indagações, prometendo que logo lhe enviaria alguns dados sobre os estudantes.   Intrigado com o que acontecera lá fora, pensava cá com seus botões: “Por que tantas recomendações quando eu vinha cá?  Afinal fui atendido com tanta delicadeza. A pedagoga anotou tudo. Foi ótima ouvinte. Seria esse o problema?".   E assim, a pedagoga anotava tudo que ele perguntava, e, ele prosseguia em meio aos seus pensamentos, até que de súbito a porta se