A MENINA... MUITOS LIVROS E A BIBLIOTECA
CAPÍTULO VII
Ana Maria Louzada
A menina aprendeu a ler!
Sim! Em 1971 a menina foi matriculada no grupo escolar e passou a fazer parte da turma do primeiro ano. Grupo escolar era o nome da escola primária nos anos 60 e 70.
No primeiro ano primário, ano que se alfabetizou, a menina passou a frequentar outro espaço tempo de encantamento no grupo escolar. Foi inaugurada a biblioteca da escola!
Sim! Em 1971 a menina foi matriculada no grupo escolar e passou a fazer parte da turma do primeiro ano. Grupo escolar era o nome da escola primária nos anos 60 e 70.
No primeiro ano primário, ano que se alfabetizou, a menina passou a frequentar outro espaço tempo de encantamento no grupo escolar. Foi inaugurada a biblioteca da escola!
Bem... Acho que de fato era mesmo a biblioteca da menina.
Um lugar perfeito para uma menina
sonhadora.
Esse era o seu espaço preferido.
Era na biblioteca que a menina aprimorava a sua leitura, e assim, lia as histórias de outras meninas e meninos... De outros autores de histórias infantis... Que na sua imaginação sonhadora, todos ainda eram crianças.
Era na biblioteca que a menina aprimorava a sua leitura, e assim, lia as histórias de outras meninas e meninos... De outros autores de histórias infantis... Que na sua imaginação sonhadora, todos ainda eram crianças.
Ler na biblioteca era a prioridade da menina, que aos poucos foi contagiando a turma do primeiro ano. Os colegas ficavam curiosos com o seu envolvimento e encantamento com os livros.
Livros com histórias que se encontravam com a menina, mas que em muitas situações se restringiam às suas leituras solitárias, pois muito pouco se fazia na biblioteca em termos pedagógicos e as demais crianças preferiam outras brincadeiras.
Mas não tinha problema, a sua determinação em visitar a biblioteca não dependia das propostas pedagógicas da escola. O mais importante para a menina naquele momento era poder dar uma passada no lugar mais incrível do grupo escolar, mesmo que fosse uma vez por semana ou até mesmo quinzenalmente.
Esse era o dia mais importante... Ali, naquele espaço ela podia se encontrar com outras vozes e ampliar os seus dizeres. Vozes e dizeres silenciados, tendo em vista que numa biblioteca não era permitido conversar... E ainda, era uma época em que as vozes das crianças, principalmente das meninas, eram invisibilizadas.
Mas a menina desconhecia essas regras do tempo da ditadura severa... E assim, ia se inserindo no mundo das descobertas por meio dos dizeres que se travavam nas inúmeras páginas que folheava a cada visita que fazia à biblioteca.
Assim a menina, a biblioteca e os livros se complementavam...
Leia também os capítulos anteriores...
Deseja receber por e-mail as nossas publicações?
Leia também os capítulos anteriores...
CAPÍTULO
I
CAPÍTULO
II
CAPÍTULO
III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO
V
CAPÍTULO VI